Todos sabemos a importância dos exercícios físicos e da boa alimentação para uma vida saudável. Mas você já parou para pensar no papel desses bons hábitos na sua saúde cerebral?

A ciência e o papel da atividade física

Segundo um estudo publicado em 2021, uma rotina de exercícios pode fazer bem ao cérebro à medida que envelhecemos. A pesquisa reuniu pessoas de 70 a 77 anos, divididas em três grupos.

Cada um desses grupos fez exercícios em uma carga diferente. O primeiro fez exercícios de alta intensidade. O segundo, atividades moderadas. E o terceiro teve um treino mais leve. Cada grupo fez o que lhe era adequado.

A conclusão foi que pessoas que passam mais tempo na vida se exercitando – no caso, aquelas que tiveram treino intenso, pela maior experiência – têm melhor saúde cerebral. Além disso, o coração e a respiração estavam mais bem preparados durante o primeiro ano de exercício.

Com relação a mudanças no cérebro, os que fizeram mais exercícios ao longo da vida foram os que haviam perdido menos tecido cerebral. E, mesmo para aqueles que não estavam acostumados e assim treinaram menos, houve melhora na memória.

Vale destacar ainda o papel da liberdade de escolha. Os participantes que podiam decidir o que iriam praticar, sozinhos ou ao lado de alguém, tinham resultados melhores.

Em outro estudo, o foco foi a motivação para seguir em frente. Metade dos participantes havia desistido do programa de exercícios até 6 meses depois de se inscrever. Já os que sentiam algo de bom tendiam a se dedicar mais.

Excesso de peso também atrapalha

Segundo um outro estudo, pessoas obesas tinham menor volume do cérebro do que aquelas de peso normal. Além disso, a obesidade pode afetar vários fatores ligados ao cérebro. Pode diminuir a saciedade, aumentar compulsões, causar demência e perda de memória em mulheres depois da menopausa, entre outros problemas.

Os melhores nutrientes para o cérebro

Primeiro, alimentos integrais são sempre bem-vindos. São bons não só para o cérebro, mas para o corpo todo. Por exemplo, frutas e cereais ricos em fibras. Boas opções são aveia, linhaça e quinoa.

A produção de substâncias produzidas pelos neurônios e responsáveis pelo bem-estar também tem sua importância na saúde cerebral e cognitiva. Essas substâncias (dopamina, serotonina, adrenalina etc.) precisam de glicose e proteínas. Logo, a dica é consumir todos os dias um bom nível de proteínas, animais e vegetais.

Uma dica só para mulheres: o ciclo menstrual é um fator importante para o nível de serotonina. Vários estudos comprovam a relação dessa substância com a capacidade de concentração. Para se cuidar nesse período do mês, procure alimentos com nutrientes como zinco, magnésio e vitamina D.

Atenção também a estas vitaminas do complexo B: B1, B6, B12 e ácido fólico. Elas regulam nossa produção de energia e nos ajudam a ter mais ânimo.

Vale ainda pensar no risco de inflamação, outra coisa ruim para a cognição. A dica aí são os antioxidantes: vitaminas C e E, carotenoides, selênio.

As vantagens dos exercícios

São várias. Por exemplo: sabe por que a falta de exercícios físicos prejudica a capacidade cognitiva? Acontece que o sangue não circula bem até regiões do cérebro que cuidam de certas funções, como a memória.

Atividades aeróbicas são boas dicas para o bom fluxo do sangue. Por exemplo: pular corda, correr na esteira, dançar, pedaladas na bicicleta ergométrica, subir e descer escadas.

Os exercícios podem ainda estimular conexões cerebrais e reduzir inflamações. Esses dois benefícios têm papel importante na prevenção de problemas relacionados à idade.

Experimente criar uma rotina simples de exercícios e metas. Não deixe de procurar um profissional que possa ajudá-lo.

Fontes de referência: VivaBem, Tua Saúde