Você já deve ter ouvido a expressão “ter um grande coração”. É comum usá-la com o sentido de ser generoso, de se preocupar com os outros à sua volta. Mas saiba que não é só isso. Nosso coração, o órgão mesmo, pode realmente ser maior que o normal.

Isso tem nome: cardiomegalia, ou coração dilatado. E pode ser um problema de saúde.

Qual o tamanho normal do coração?

Em geral, o coração de um adulto é um pouco maior que a mão fechada. O peso normal vai de 200 a 425 gramas.

Para se ter ideia, um caso recente foi o do baterista da banda Foo Fighters, Taylor Hawkins. O coração do músico chegou a pesar 600 gramas, ele não resistiu e faleceu.

Os sintomas

Primeiro, vamos ver por que o coração aumenta de tamanho. É quando alguma condição traz excesso de tensão ao músculo cardíaco. Daí, fica mais difícil para o coração bombear sangue para o corpo. Todo o sistema circulatório tem prejuízos.

Muitas vezes, a cardiomegalia não dá nenhum sinal. Mas alguns pacientes podem ter pressão alta, falta de ar, fraqueza, tontura, cansaço e desmaios.

Possíveis causas

Existem várias causas possíveis para a condição. Uma delas é o uso de drogas, como no caso de Hawkins. Acontece que boa parte das drogas causa excitação e acelera o metabolismo. Dessa forma, aumentam a pressão e os batimentos cardíacos. Por isso, o coração precisa trabalhar mais.

Mas podemos dizer que qualquer situação que exija mais esforço do coração é fator de risco para cardiomegalia. Além das drogas, temos também a gravidez, excesso de bebidas alcoólicas e doenças como anemia ou Chagas.

Descobrindo e tratando

É possível ver se o seu coração está no tamanho normal por meio de exames de imagem. Porém, para identificar a causa do aumento, é preciso uma análise mais detalhada. Isso significa conferir o histórico clínico e fazer outros exames, como ECG, tomografia e ressonância.

A partir daí, uma opção de tratamento é mudar o estilo de vida. Ou seja, alimentação equilibrada, menos álcool, nada de fumo e mais exercícios.

Há alguns remédios que se pode usar, como os diuréticos, a Aspirina e aqueles contra hipertensão. Só se deve aplicá-los sob a supervisão do cardiologista. Se nenhum funcionar, pode ser necessária uma cirurgia ou transplante.

Mesmo se a condição for crônica, na maioria das vezes, é possível monitorar e administrar. Só não deixe de cuidar do seu coração e fazer seus exames de rotina. E, se perceber que algo não está normal, procure ajuda médica.

Fontes de referência: VivaBem, Rede D’Or São Luiz, Tua Saúde, Minha Vida