Segundo o relatório epidemiológico do Ministério da Saúde (MS), divulgado em julho de 2023, as hepatites virais representam um sério desafio para a saúde pública no Brasil. Durante o período de 2000 a 2022, foram registrados 750.651 casos confirmados de hepatites virais.

Dentre esses casos, 169.094 (22,5%) correspondem à hepatite A, 276.646 (36,9%) à hepatite B, 298.738 (39,8%) à hepatite C, 4.393 (0,6%) à hepatite D e 1.780 (0,2%) à hepatite E.

O que exatamente são as hepatites virais? São infecções do fígado que ocorrem sem manifestar sintomas, podendo prejudicar o órgão em variados níveis. Por serem geralmente assintomáticas, os sinais só se tornam aparentes em fases avançadas da condição.

Os sinais mais comuns das hepatites virais incluem:

  • Fadiga;
  • Tontura;
  • Febre;
  • Desconforto abdominal;
  • Náuseas e vômitos;
  • Dor abdominal;
  • Pele e olhos amarelados (icterícia);
  • Urina escura;
  • Fezes claras.

O relatório Global de Hepatites de 2024, divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), mostra que a doença é responsável pela morte de 1,3 milhões de pessoas, ficando atrás apenas da tuberculose.

Os dados foram coletados em 187 países e mostraram um aumento significante no número de mortes por hepatites, passando de 1,1 milhão em 2019 para 1,3 milhão em 2022. 83% dessas mortes foram causadas pela hepatite B e 17% pela hepatite C.

Modos de Transmissão:

Hepatite A: Transmitida principalmente por via fecal-oral, através do consumo de alimentos ou água contaminados, falta de saneamento básico e higiene pessoal inadequada.

Hepatite B: A transmissão pode ocorrer de mãe para bebê durante a gravidez ou parto. Para prevenir complicações, é recomendado que todas as gestantes sejam testadas para hepatite B no primeiro trimestre ou início do pré-natal. O diagnóstico pode ser feito por exames laboratoriais ou testes rápidos. Gestantes com resultados negativos e sem histórico de vacinação devem receber a vacina em três doses.

Hepatite C: Transmissão ocorre através do contato sanguíneo. Pequenas quantidades de sangue contaminado podem infectar outra pessoa por meio de cortes, feridas ou compartilhamento de agulhas. A transmissão sexual é rara, e o vírus não se espalha em interações sociais ou pelo compartilhamento de utensílios.

Para mais informações e agendamentos relacionados à hepatologia, entre em contato com a Santa Casa de Piên pelo telefone: (41) 3632-1481.